5 dicas práticas de planejamento financeiro para pequenas empresas

Faturar bem e manter uma empresa funcionando de forma saudável é objetivo de todo empreendedor. Mas por melhor que seu produto ou serviço seja, o sucesso do seu negócio dependerá principalmente de um fator: o planejamento financeiro.

Essa necessidade fica mais evidente quando tratamos de micro e pequenas empresas, que normalmente possuem poucos recursos e dependem fortemente do seu faturamento para continuar funcionando. Nesses casos, qualquer erro na sua administração financeira pode ser fatal.

Embora o tema pareça complicado, estabelecer um bom planejamento financeiro para pequenas empresas pode ser mais fácil do que se imagina. Com algumas práticas simples e uma boa dose de disciplina, é possível controlar financeiramente todas as áreas do seu negócio sem muitas dificuldades.

Para saber por onde começar, confira abaixo 6 dicas básicas de planejamento financeiro para pequenas empresas visando melhorar a organização do seu negócio e deixar o empreendimento mais eficiente e competitivo no mercado. Confira!

Dicas de planejamento financeiro para pequenas empresas

1. Analise sua situação financeira atual

Para começar, é preciso que você conheça bem a situação atual da sua empresa. Analisar as contas da empresa é saber, antes de tudo, como está a sustentabilidade e o desempenho financeiro das suas atividades.

Afinal, só assim o gestor consegue desenvolver o planejamento financeiro de maneira apropriada, traçando planos de ação com base em informações, e não apenas no “achismo”.

Por isso, antes de tudo, faça uma análise geral sobre todos os números da empresa. Coloque tudo na ponta do lápis:

  • Todas as receitas, de curto a longo prazo;
  • Custos, despesas e investimentos;
  • Dívidas de curto, médio e longo prazo.

Se esforce para listar cada um desses itens da forma mais detalhada possível. Uma dica é registrar e agrupar cada dado de acordo com sua natureza, e descrever com clareza quais movimentações foram feitas.

2. Mantenha um registro de fluxo de caixa organizado e atualizado

Basicamente, a função do fluxo de caixa é acompanhar todas as entradas e saídas de recursos operacionais do negócio — ou seja, a movimentação de capital relacionada às atividades cotidianas, como a compra e a venda de mercadorias.

Não registrar essa movimentação de forma clara e precisa é um dos erros mais graves dentro da organização financeira do negócio.

Por isso, um bom planejamento financeiro para pequenas empresas começa ao montar uma rotina precisa para atualizar o seu fluxo de caixa, que registre todas as entradas e saídas de dinheiro imediatamente após elas ocorrerem.

Com esse tipo de ferramenta, o gestor pode melhorar bastante o seu planejamento, pois terá informações mais precisas de como a empresa está operando.

Além disso, ela também é indispensável para o monitoramento dos planos de ação, pois, com dados recolhidos constantemente, é possível reajustar os rumos caso seja necessário.

3. Controle e reduza os gastos

Após traçar um panorama financeiro geral da sua empresa, é hora de estabelecer prioridades e cortar aquilo que não é necessário.

Classifique seus custos e despesas por nível de prioridade e elimine aquelas que não contribuem de forma efetiva para gerar faturamento.

Trabalhe não só para reduzir gastos supérfluos, mas também para controlar as demais despesas operacionais de perto. Avalie e monitore cada etapa da sua produção e verifique onde possa estar havendo algum tipo de desperdício.

Torne essa prática um hábito, mantenha o controle rígido e se esforce para sempre produzir mais gastando menos precisam ser objetivos constantes.

Além de essencial no planejamento financeiro para pequenas empresas, essa iniciativa também permite que a empresa aumente sua eficiência e melhore suas margens de lucro.

4. Faça um planejamento financeiro e operacional para longo prazo

Todo negócio que almeja se estabelecer e crescer no mercado precisa pensar no seu futuro. Isso passa, inevitavelmente, por estabelecer um planejamento financeiro que foque no médio e longo prazo.

Por isso, estude bem o ciclo operacional da sua empresa e tente definir com o máximo de exatidão o custo de produção de cada etapa, como:

  • Aquisição de matérias primas e insumos;
  • Estocagem de itens;
  • Fabricação e/ou custos de prestação de serviços;
  • Custos de venda e comercialização;
  • Custos e prazos para pagamento.

Ao analisar o histórico de movimentação financeira da empresa, o gestor pode ter uma ideia muito mais clara do que está por vir — inclusive nos momentos sazonais, como datas comemorativas, eventos etc.

Assim, além de preparar-se financeiramente e estimular metas financeiras com muito mais facilidade, é possível também estimar o investimento necessário para manter o negócio operando, evitar problemas de necessidade de capital de giro, por exemplo.

5. Separe financeiramente a pessoa física da jurídica

Infelizmente, misturar finanças pessoais com o caixa da empresa ainda é uma realidade muito comum entre pequenos e médios empreendedores.

Por ser um negócio de pequeno porte, muitas vezes é o próprio dono que fica responsável por tudo que a empresa faz. Sem ter a noção disso, o empreendedor começa a tratar o capital da empresa como o dinheiro do próprio bolso.

Mas estabelecer a separação entre a pessoa física e a jurídica é primordial não só para a organização financeira da empresa, mas também para botar sua vida pessoal em ordem e evitar problemas financeiros no futuro.

Por isso, se esforce para separar as duas coisas. Comece com o básico:

  • Tenha duas contas bancárias diferentes – uma para pessoa física e outra para a pessoa jurídica;
  • Pague despesas da empresa com recursos da empresa, e despesas pessoais com seu próprio dinheiro.
  • Determine de forma clara como serão as retiradas de dinheiro da empresa para você mesmo. Uma dica é estabelecer um pró-labore periódico com um valor fixo somado a um valor variável.
  • Da mesma forma, registre de forma clara como serão os aportes financeiros e investimentos que você quiser fazer na empresa.

Um bom planejamento financeiro para pequenas empresas só depende de você

É normal que o empreendedor iniciante não possua um conhecimento mais profundo sobre administração e planejamento financeiro para pequenas empresas. Porém, isso não pode ser uma desculpa para deixar que o descontrole tome conta do negócio.

Por conta disso, não perca tempo e comece a prestar mais atenção na organização financeira do seu negócio. Inicie pelo básico e vá implementando cada prática em um hábito.

Não se esqueça também de sempre contar com o auxílio de um profissional que entenda do tema – como um contador ou um especialista em planejamento financeiro para pequenas empresas.

Se ficou alguma dúvida sobre como realizar um bom planejamento financeiro para pequenas empresas, fique à vontade e deixe um comentário abaixo. Vamos adorar saber a sua opinião!

Até a próxima!